Os veículos fabricados no Brasil não devem sofrer diminuições consideráveis nos preços de venda, apesar do governo federal oficializar a nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, desde o primeiro dia do mês de agosto.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, conhecida como Anfavea, prevê que os recuos não devem chegar a 1% para a maior parte dos veículos produzidos fora da Zona Franca de Manaus.
A Anfavea compila dados de modelos comerciais leves, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas e destaca que os efeitos devem ser ainda menores para exemplares de motores mais simples.
“Pelos nossos cálculos, o potencial de redução de preços provocado por essa nova queda do IPI não chega a meio por cento para os motores 1.0”, ressalta a Anfavea em nota.
Os veículos com motores menores, como os de mil cilindradas, em geral, têm os valores mais baratos das tabelas de mercado. O decreto de nº 11.158, publicado no Diário Oficial da União, desonerou em 35% a alíquota de mais de 4 mil produtos. Isto é, o percentual tributário cobrado em cima desses itens.
De acordo com o Ministério da Economia (ME), o objetivo é contribuir para a reindustrialização do país e levar segurança jurídica ao setor produtivo.
No caso dos automóveis, o recuo anunciado esta semana foi de 24,75%. O ME pondera que a nova taxa equipara os impostos do ramo automotivo ao dos outros produtos industrializados.
“O Decreto terá reflexo positivo no Produto Interno Bruto (PIB). Espera-se ampliar a competitividade da indústria, com menos impostos e aumento da produção”, declarou a pasta.
No primeiro semestre do ano, a categoria já havia passado por 18% de queda na tributação.