No Brasil, é perceptível que motoristas ainda trafegam com crianças sem o menor cuidado largados no banco traseiro, sem cinto e sem cadeirinha. Isso quando não encontramos motociclistas trafegando com mais duas pessoas na moto, incluindo uma criança. O que se passa na cabeça dessas pessoas, que não tem a menor noção do risco de morte ou sequelas em caso de acidente? E ainda afirmam: “eu andei muito no porta-malas do carro do meu pai e do meu primo e cansei de andar de moto entre dois adultos, quando era criança”. Provavelmente, esses seres humanos ainda existem com essas histórias para contar.
Os riscos de se andar em um automóvel sem o uso dos dispositivos de segurança corretos estão mais do que documentados. De acordo com números levantados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a exigência do uso do dispositivo reduziu em 33% o número de crianças vítimas de acidentes de trânsito no Brasil entre 1998 e 2018.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes envolvendo veículos são a maior causa de morte de jovens e crianças (10 a 19 anos) no mundo. A organização ainda divulga que as cadeirinhas e dispositivos de segurança reduzem em 70% as mortes em bebês e entre 54% e 80% as mortes de crianças.